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Português para Estrangeiros na PUC-Rio: uma história de sucesso – Nosso Idioma

Quando o Luis Gonçalves, colega e amigo, me pediu para escrever sobre o ensino de português para estudantes estrangeiros na PUC-Rio, tive de fazer uma busca na memória e acabei me lembrando de relevantes informações encontradas em um texto do professor Francisco Gomes de Matos, publicado na Revista PaLavra do Departamento de Letras da PUC-Rio, volume 13, de 2004.

Lá pude relembrar o ano exato do início das aulas de Português como Segunda Língua para Estrangeiros (PL2E) – terminologia criada pela professora Rosa Marina de Brito Meyer, supervisora, professora e pesquisadora da Cadeira na PUC-Rio.

O ano era 1969 quando as aulas de PL2E tiveram início na universidade e, logo no ano seguinte, surgiu a necessidade da divisão dos estudantes em 3 níveis de proficiência: básico, intermediário e avançado. Essa divisão passaria a 5 níveis nos anos 90. Com o passar do tempo e os sucessivos grupos de alunos vindo para estudar como intercambistas na PUC-Rio, surgiu também um material próprio criado pelos professores da Cadeira, feito exclusivamente para atender às necessidades internas.

Foi também por conta desse número crescente de alunos internacionais que as disciplinas de português passaram a ser oferecidas como disciplinas regulares de graduação ainda nos anos 70.

Interessante perceber que a atuação da professora Rosa Marina na área de PL2E não se limitou ao ensino. Ela criou em 1993 a linha de pesquisa “Português para Estrangeiros: Descrição e Ensino”, no Programa de Pós-Graduação do Departamento de Letras da PUC-Rio. Além disso, em 1996, sob sua coordenação, foi oferecido pela primeira vez o curso de especialização “Formação de Professores de Português para Estrangeiros”, atualmente com mais de 10 turmas de estudantes formados e duas outras iniciadas no mês de agosto de 2013. Por conta da diligente liderança da professora Rosa Marina e por seu trabalho incansável no âmbito da pós-graduação, já foram defendidas mais de 50 dissertações e teses na área de PL2E e muitos profissionais foram capacitados para o mercado profissional. Muitos deles vêm sendo aproveitados pela própria PUC-Rio.

Ainda no final dos anos 90, sediou-se a SIPLE (Sociedade Internacional de Português Língua Estrangeira) no triênio 1999-2001, na PUC-Rio, com a professora Rosa Marina como presidente e eu como secretário.

Chegamos ao século XXI e o crescente número de estudantes continua a provocar demandas. Só no ano de 2012, tivemos por volta de 1.200 estudantes internacionais conosco, com uma média de 18 turmas por semestre.

Hoje em dia, o número de turmas de PL2E chegou a 21 na graduação, oferecidas para os estudantes de intercâmbio, com 5 níveis de proficiência e uma disciplina específica para hispano falantes, além de 3 turmas de extensão em três níveis de proficiência, oferecidas para expatriados que moram no Rio de Janeiro e desejam estudar português.

Todos esses dados mostram como o mercado profissional da nossa área está aquecido. Isso demanda qualidade de ensino e excelência de pesquisa, um caminho que conhecemos bem. Definitivamente, o PL2E é uma excelente opção para o profissional especializado.

Ricardo Borges Alencar PUC-Rio – Membro do Conselho Consultivo da SIPLE (2011-2013)

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