“O Brasil que não vem nos livros tem que ser vivido” – Nosso Idioma
Estou a começar a fazer as malas depois de dois meses no Brasil, e, apesar de querer muito voltar para casa e abraçar a minha pequena família, é um momento em que dá aquele aperto quando algo bom acaba. Tenho muitas coisas para escrever, contar, lembrar. Tive muita sorte, vim com um grupo de estudantes fantásticos da Universidade de Yale, muito curiosos, excelentes observadores e charmosos. Eles fizeram amigos por onde passaram e entregaram-se completamente e com entusiasmo a
Entre outros: Fernando Pessoa – Nosso Idioma
É fascinante como Fernando Pessoa e seus heterônimos expressaram em palavras uma questão essencial e atual: a multiplicidade. Essa condição mostra-se num mundo em que a diluição de possibilidades trazem a sensação de que não há mais apenas um caminho e uma certeza, mas milhares. Essa ampliação do olhar e das perspectivas é o cerne da obra de Fernando Pessoa e de seus heterônimos.
Pessoa não foi somente um poeta, foi um criador de poetas. Não inventou pseudônimos: criou perso
Vamos brincar de literatura? – Nosso Idioma
Convite Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião. Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar-se
gastam. As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam. Como a água do rio
que é água sempre nova. Como cada dia
que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia?
(José Paulo Paes ) A literatura nasceu da necessidade que as pessoas têm de contar histórias, sempre reinventando as coisas que acontecem ou inventando coisas