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Por uma abordagem intercultural como ferramenta de integração em sala de aula de Línguas Estrangeira

Nas últimas décadas, o fluxo de pessoas entre os países do globo tem aumentado expressivamente, o que resulta em trocas de experiências e de vivências culturais únicas e significativas. No que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras, essas trocas mostram-se muito produtivas. Tomemos, por exemplo, os Estados Unidos: em um país tão grande e diversificado, faz-se importante pensar na integração entre cultura e escola numa abordagem que tente incluir ao máximo as diversas culturas existentes em sala de aula, uma vez que os professores de línguas não têm em sala somente cidadãos americanos, mas também cidadãos dos mais variados lugares. As salas de aula norte-americanas estão povoadas, entre outros, de mexicanos, chineses, árabes, indianos e brasileiros.

Abordando, especificamente, o ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE), o material usado, hoje, em sala de aula, tenta focalizar vários aspectos culturais no que diz respeito às diferentes regiões do Brasil. No tocante aos conteúdos trabalhados nos cursos, estes ainda estão um pouco voltados para o ensino de gramática. No entanto, ao mesmo tempo, percebemos um esforço em envolver aspectos socioculturais como: o que falar quando estamos sendo apresentados para alguém pela primeira vez, como falar ao telefone e o que devemos fazer em determinadas situações. Os materiais de áudio e vídeo, que normalmente acompanham esses livros, agora tentam incluir uma variedade bem maior de sotaques, gírias e expressões usadas somente em determinadas regiões brasileiras.

Os professores que ministram aulas de PLE nos Estados Unidos comumente já têm ou tiveram alguma experiência com ensino de línguas em seus países de origem. Assim sendo, esses professores já dominam certas técnicas que facilitam o ensino do idioma, por exemplo, o não uso do inglês em sala de aula, ou seja, o instrutor ministra sua aula em português o tempo todo ou, pelo menos, na maior parte do tempo. Essa técnica pode ser aplicada, inclusive, aos níveis iniciantes. Para que isso seja possível, faz-se uso de estratégias que permitam a prática do que está sendo ensinado – e nisso se inclui a gramática – de forma que se use o conteúdo imerso em um contexto cultural. Tudo o que se ensina em sala de aula deve ter um significado para o aluno de forma que ele tenha consciência de que vai ser capaz de usar aquilo no futuro.

Considerando as breves questões aqui levantadas, mais uma vez vemos quão importante é o papel do professor, pois ele é o grande embaixador de sua própria cultura. O professor é a chave, a conexão entre a cultura brasileira e, neste caso, a cultura americana. É ele quem vai explorar as características de sua cultura bem como saber melhor adequá-las ao que se está sendo ensinado em sala de aula. Desse modo, teremos a tão esperada integração entre culturas proporcionando aos alunos, em cada aula, uma vivência frutífera em língua estrangeira.

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