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A língua portuguesa hoje – Nosso Idioma

Decidir se seu filho vai ou não estudar Português enquanto está residindo no exterior deixou, há muito, de ser uma decisão afetiva e passou a ser uma questão estratégica. De maneira geral, o assunto “língua portuguesa” passou a ser uma questão de grande importância para os países lusófonos, até mesmo para os Estados Unidos, que há poucos anos atrás declarou o português “uma língua de interesse”. Para se ter uma ideia, de acordo com estudo feito pelo Instituto Camões, em 2007, 17% do PIB de Portugal advém da Língua Portuguesa (dicionários eletrônicos, por exemplo. Sabia que o dicionário de português usado pela Microsoft, aquele que faz a autocorreção de palavras no Word, paga royalties a uma empresa de Portugal? Pois é!).

O motivo é muito simples: com a ascensão do Brasil (o maior dos países lusófonos, com o maior número de falantes da língua) para uma posição de força econômica pelos negócios possíveis com aquele mercado, a língua portuguesa tornou-se ferramenta de negócios. Além disso, os países da África que falam português também estão se desenvolvendo mais e mais, tornando-se mais fortes economicamente. Entretanto, como não é tão amplamente difundida (ainda) quanto o espanhol ou não tinha, até agora, tanto prestígio quanto o francês, o português ainda tem, comparativamente, um número reduzido de falantes no mundo.

Então, por que não estudar português? Nós, brasileiros, já perdemos ou nunca tivemos tantas oportunidades, mas agora o jogo virou e nosso país é desejável, é forte, está galgando posições firmes no mercado mundial. Por que não ver a língua como commodity, como um diferencial?

Por que ainda nos falta confiança de que essa conquista é permanente? Por que não acreditar? O país do futuro chegou no futuro!

No exterior, em especial aqui nos Estados Unidos, os brasileiros ainda têm muito mais acesso à educação do que teriam no Brasil, apesar dos problemas enfrentados. Com legislações que garantem o acesso à educação sendo aprovadas (Dream Act da Califórnia) e outras em andamento (Dream Act federal), mais e mais brasileiros poderão estudar. Quem já está documentado já pode, e os brasileirinhos nascidos aqui são também cidadãos americanos e têm, portanto, todo o direito à educação garantido e devem aproveitar essa oportunidade.

O Brasil vem enfrentando uma escassez de mão de obra técnica de alto nível, o que tem feito muitos estrangeiros se radicarem lá nos últimos anos. Por que não um brasileiro emigrado ou nascido no exterior? Basta que tenha fluência na língua. E mais: já saem na frente, porque já conhecem também a cultura, de dentro de casa ou aprendida nas escolas de português.

Portanto, ao decidir se sua criança vai ou não estudar português, pense nas informações acima, pense no futuro, pense nas oportunidades que ela pode ter com uma segunda língua forte como a nossa. Se no futuro seu filho decidir por outro caminho, tudo bem também. Conhecimento nunca se perde e você tem a mente tranquila de ter “escancarado” as portas, e não ter deixado de abri-las.

*Valeria Sasser é coordenadora-geral do projeto Contadores de Estórias, membro do Conselho de Cidadãos de São Francisco e coordenadora do Núcleo Educacionista da Califórnia.

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