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O porquê dos porquês – Nosso Idioma

“Parou por quê? Por que parou? Parei porque vi violência. Parei porque vi confusão”

Quem ainda não ouviu essa música de Moraes Moreira, muito cantada em final de shows pelo Brasil? Todos cantam, mas na hora de escrever aparece aquela dúvida: o porquê é separado ou junto, com ou sem acento? Vamos tentar entender.

* Por quê – pronome interrogativo usado no final de frases interrogativas diretas ou indiretas. É só reler o trecho da música: Parou por quê?

Outro exemplo: Gritaram “Viva!”, mas não entendi por quê.

* Por que – 1) pronome interrogativo usado no início de frases interrogativas diretas. Mais uma vez, encontramos um exemplo no texto acima: Por que parou?

Observe que, nas interrogativas indiretas, esse pronome também aparece: Não sei por que tanta gente gosta dessa música.

2) pronome relativo, em casos nos quais podemos, por exemplo, modificá-lo por “pelo(a,s) qual (is)”: Física é um assunto por que não me interesso.

* Porque – usado para introduzir uma oração cujo significado seja causa, explicação, uma justificativa, enfim. Moraes Moreira nos deu dois exemplos: Parei porque vi violência. / Parei porque vi confusão.

* Porquê – esse é fácil e já foi usado três vezes neste artigo, inclusive no título: é o porquê (olha ele aí de novo!) com função de substantivo. Costuma aparecer junto a um artigo ou pronome.

Agora você entendeu todos os porquês. Não? Por quê? Por que não leu com atenção ou por que parou para ver a novela? Esperamos que tenha sido porque você queria ver a novela, afinal, ninguém é de ferro.

Leonor Werneck dos Santos – Profª de Língua Portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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